Dia: 30 de junho de 2025

  • Herdeiros de uma empresa: como evitar que o patrimônio familiar seja dilapidado em disputas

    Herdeiros de uma empresa: como evitar que o patrimônio familiar seja dilapidado em disputas

    Empresa na família? Descubra como proteger o patrimônio contra brigas entre herdeiros e evitar que o legado construído por anos vá por água abaixo. Saiba como o planejamento jurídico pode blindar seu negócio.

    A história de uma empresa… e de um erro comum

    O Sr. Francisco, construiu sua empresa do zero. Começou vendendo ferramentas numa pequena loja no interior de SP, e com o tempo abriu filiais, contratou funcionários e formou um negócio lucrativo, que virou sinônimo de sucesso local.

    Mas ele nunca pensou em sucessão. Sempre dizia: “quando eu partir, meus filhos se resolvem”.

    E resolveram mesmo… mas na justiça.

    A filha mais velha queria vender tudo e seguir outro rumo. O filho do meio queria assumir a gestão. O mais novo dizia que a mãe, viúva, era quem deveria continuar no comando.

    Resultado: anos de briga judicial, bloqueios de contas, afastamento de funcionários e quase falência da empresa.

    E o legado? Quase se perdeu.

    Essa história, infelizmente, não é ficção, é a realidade de uma família, cliente do nosso escritório e é mais comum do que parece.

    O problema: empresas sem planejamento sucessório

    A maioria dos empresários pensa em expansão, lucro, funcionários… mas ignora um detalhe fundamental: quem vai assumir a empresa quando ele não estiver mais aqui?

    Quando não há planejamento sucessório, a empresa entra no inventário como qualquer outro bem, e os herdeiros se tornam sócios, mesmo que:

    • não tenham afinidade com a gestão,
    • discordem sobre os rumos do negócio,
    • ou simplesmente queiram vender sua parte imediatamente.

    Isso gera paralisação nas decisões, quebra de confiança e, em muitos casos, o fim da empresa.

    A solução: planejamento jurídico sucessório empresarial

    O que é?

    É um conjunto de estratégias jurídicas que organizam antecipadamente quem, como e quando assumirá a empresa em caso de falecimento do proprietário.

    Não se trata apenas de testamento. Pode envolver:

    • Holding familiar;
    • Doações com reserva de usufruto;
    • Acordo de sócios;
    • Regras de governança corporativa;
    • Contrato social com cláusulas sucessórias.

    Tudo feito de forma legal, segura e de acordo com o perfil da empresa e da família.

    Benefícios do planejamento sucessório para empresas familiares

    • Evita disputas judiciais;
    • Protege a empresa de falência ou venda forçada;
    • Preserva a harmonia entre os herdeiros;
    • Garante continuidade da gestão;
    • Facilita o inventário;
    • Reduz custos com impostos e taxas.

    E o que diz a lei?

    O Código Civil permite ampla autonomia para disciplinar a sucessão em contratos sociais e testamentos. Já o STJ reconhece que cláusulas de proteção patrimonial e sucessória são legítimas e eficazes, desde que respeitem os direitos dos herdeiros necessários.

    Ou seja: a lei está do lado de quem se antecipa.

    Uma breve análise do Dr. Rodrigo Cavalcanti sobre o tema

    “Muitas famílias enfrentam o luto com mais dor ainda por causa de disputas sobre empresas e patrimônio. É triste ver uma trajetória de décadas ruir por falta de orientação.
    O planejamento sucessório empresarial não é luxo, é necessidade. Ele não só protege o negócio como resguarda a paz entre os herdeiros.
    E, mais do que isso: mantém vivo o legado que o empreendedor lutou para construir.”

    Quebrando as suas objeções…

    “Mas ainda sou jovem, não preciso pensar nisso agora…”
    Justamente por estar no auge é que o planejamento funciona melhor. Depois, pode ser tarde ou mais complicado.

    “Meus filhos se dão bem, não vão brigar…”
    E se um deles casar com alguém que queira vender a parte dele? E se um herdeiro morrer e deixar tudo para o cônjuge? A convivência pode mudar — o planejamento evita surpresas.

    “É muito caro fazer isso?”
    É mais barato do que perder a empresa numa disputa judicial. Além disso, existem soluções para todos os tamanhos de negócio.

    Empresário, seu legado merece proteção!

    Você trabalhou duro para construir sua empresa. Não deixe que tudo se perca por falta de organização.

    O escritório Cavalcanti & Associados Assessoria Jurídica é especialista em planejamento sucessório empresarial e estruturação jurídica de negócios familiares.

    Proteja o futuro da sua empresa. Entre em contato agora e agende uma consultoria personalizada.

  • Casamento, união estável, herança e divisão de patrimônio: quem tem mais direitos?

    Casamento, união estável, herança e divisão de patrimônio: quem tem mais direitos?

    Descubra quem tem mais direitos na herança: o cônjuge ou o companheiro? Entenda as diferenças entre casamento e união estável na partilha de bens e saiba como se proteger legalmente.

    Uma conversa real sobre amor, patrimônio e… herança

    Vamos imaginar a história da Dona Beatriz.

    Ela viveu por mais de 20 anos com o Sr. Luiz. Nunca casaram no papel, mas formaram uma união estável que todo mundo reconhecia. Construíram juntos uma casa, abriram um pequeno negócio e criaram filhos — de relacionamentos anteriores.

    Quando ele faleceu, a surpresa veio no cartório: ela não era herdeira dos mesmos bens que seria se fosse esposa no papel. E o pior: os filhos do Sr. Luiz, que tinham uma relação distante com o pai, entraram com ação para ficar com a maior parte dos bens.

    Situações como essa estão se tornando cada vez mais comuns. A dúvida que surge é: quem tem mais direitos na herança? O cônjuge casado no papel ou o companheiro da união estável?

    Se você está vivendo em união estável ou pretende casar, esse artigo é para você.

    Diferença entre casamento e união estável na partilha de bens

    O que é união estável?

    A união estável é reconhecida legalmente como entidade familiar, mesmo sem o casamento formal. É o relacionamento público, duradouro e com objetivo de constituição de família.

    Mas atenção: nem sempre a união estável é registrada. E isso faz toda a diferença na hora da partilha de bens e da sucessão.

    E o casamento?

    O casamento é um ato civil com regras claras, formalizadas e com escolha expressa do regime de bens. Isso dá maior segurança jurídica em casos de morte ou separação.

    Herança: quem herda mais?

    No casamento:

    Se não houver testamento, a divisão da herança depende do regime de bens adotado:

    • Comunhão parcial de bens (mais comum): o cônjuge tem direito à metade dos bens adquiridos durante o casamento (meação) + herança dos bens particulares, se não houver descendentes ou ascendentes.
    • Separação total de bens: se o casamento for anterior a 2002, há direito à herança. Após essa data, o entendimento predominante é que o cônjuge não herda se houver herdeiros necessários.
    • Comunhão universal de bens: o cônjuge já é meeiro de tudo, e também pode herdar.
    • Participação final nos aquestos: similar à comunhão parcial.

    Na união estável:

    A situação ainda é mais nebulosa. O STF decidiu em 2017 (RE 878.694/MG) que o companheiro tem os mesmos direitos sucessórios do cônjuge. Porém, isso vale somente se a união estiver registrada e comprovada.

    Embora haja essa equiparação, o Código Civil ainda trata cônjuge e companheiro de forma diferente em alguns pontos, gerando possíveis confusões e disputas legais. Vale lembrar que esse direito possui requisitos legais a serem cumpridos. Por isso, o acompanhamento de um advogado de família é fundamental para garantir os direitos do companheiro sobrevivente, uma vez que herdeiros podem contestar.

    A jurisprudência ainda é oscilante, principalmente se não há escritura de união estável.

    É possível proteger o companheiro ou o cônjuge?

    Sim. Veja como:

    • Formalize sua união estável em cartório (com regime de bens definido);
    • Faça um pacto antenupcial ou contrato de convivência para prever o que será comum ou individual;
    • Elabore um testamento claro, respeitando a parte legítima dos herdeiros;
    • Evite deixar “tudo como está”, pois isso pode gerar litígios longos e caros.

    O que pode mudar?

    Com as discussões da reforma do Código Civil em 2025, as diferenças entre união estável e casamento tendem a diminuir — mas ainda não desapareceram.

    O projeto prevê a equiparação total de direitos entre cônjuges e companheiros, inclusive na herança, o que deve reduzir disputas, mas só será eficaz após aprovação e regulamentação.

    Por ora, o melhor caminho ainda é o planejamento jurídico.

    Uma breve análise do Dr. Rodrigo Cavalcanti sobre o tema

    “Nos últimos anos, o que mais vejo são pessoas que viveram juntas por décadas, construíram patrimônio e depois descobrem, na dor da perda, que ficaram desamparadas legalmente.
    A diferença entre casamento e união estável ainda é real no Judiciário, e ignorar isso pode ser um erro caro.
    Planejamento jurídico e documentação são atos de amor e de respeito. Para quem fica e para quem vai.”

    Quebrando alguns mitos…

    “Mas já vivemos juntos há anos, não precisa formalizar…”
    Precisa sim. A informalidade pode causar disputas judiciais intermináveis e até perda total da herança.

    “Depois a gente resolve isso…”
    A morte e o fim do relacionamento não avisam. O melhor momento para planejar é quando tudo vai bem.

    Está em união estável ou vai casar? Proteja-se agora!

    Evite conflitos familiares, perda de patrimônio e injustiças. O escritório Cavalcanti & Associados atua com assessoria jurídica personalizada para planejamento sucessório, contratos de convivência, testamentos e pactos antenupciais.

    Segurança jurídica começa com informação e termina com ação.

    Entre em contato agora e agende sua consultoria. Vamos construir juntos uma base sólida para o seu futuro.