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  • Deserdar um herdeiro é possível? Quando e como isso pode ser feito legalmente?

    Deserdar um herdeiro é possível? Quando e como isso pode ser feito legalmente?

    Sim, é possível deserdar um herdeiro! Entenda quando e como fazer isso de forma legal, segura e com base na lei atual. Confira o que diz o Código Civil.

    Vamos conversar…

    Imagine o seguinte cenário:
    Seu pai dedicou a vida inteira a construir um patrimônio sólido, cuidou da família, apoiou filhos, garantiu estudo, saúde e estrutura. Mas um dos filhos, ao invés de retribuir com respeito, ignora, ofende, maltrata — e, em alguns casos, até tenta prejudicar financeiramente os próprios pais.

    A pergunta que surge é imediata:
    “Eu sou obrigado a deixar herança para esse filho?”

    A resposta é: depende. E é aqui que entra o tema central deste artigo: deserdação.

    O que é deserdação?

    Deserdar um herdeiro significa retirar o direito dele à herança legítima (aquela parte que ele teria obrigatoriamente por ser descendente, ascendente ou cônjuge). Mas não é um ato de vontade simples — é juridicamente complexo, e precisa estar amparado pela lei.

    O que diz o Código Civil?

    Segundo o Código Civil brasileiro, a deserdação é possível somente em situações graves, previstas em lei. O artigo 1.814 aponta que um herdeiro pode ser excluído da sucessão se houver indignidade, e os artigos 1.961 a 1.965 falam das hipóteses legais de deserdação.

    Quando é possível deserdar um herdeiro?

    Vamos a alguns exemplos práticos:

    1. Tentativa de homicídio contra o autor da herança

    Um filho que tenta matar o pai ou a mãe, ou é cúmplice de tentativa.

    2. Ofensa à integridade física ou moral dos pais

    Xingamentos graves, humilhações constantes, abandono afetivo e até violência patrimonial (como furtos ou saques indevidos).

    3. Acusação caluniosa contra o autor da herança

    Fazer falsas acusações, como abuso ou roubo, com o intuito de prejudicar.

    4. Relações que colocam o idoso em risco

    Filhos que manipulam o testador idoso para obter vantagem, ou que o colocam em situação de vulnerabilidade.

    Como fazer a deserdação de forma legal?

    A deserdação precisa estar expressa em testamento e com base legal clara. Mas isso não basta! Após o falecimento do autor da herança, os demais herdeiros deverão ajuizar uma ação de confirmação de deserdação, apresentando provas do motivo alegado no testamento.

    “Mas ele é meu filho, eu sou obrigado a deixar herança?”

    Nem sempre. A lei protege a legítima — mas também protege o direito de quem foi vítima de condutas abusivas.

    Deserdar não é vingança. É proteção patrimonial e respeito à história de quem construiu aquele patrimônio com suor e ética.

    O que dizem os tribunais?

    A jurisprudência tem evoluído para reconhecer situações mais contemporâneas, como:

    • Abandono afetivo como justificativa para exclusão da herança.
    • Alienação parental extrema.
    • Maus-tratos psicológicos e violência moral.

    O STJ já validou testamentos com exclusão de herdeiros em situações de abandono e agressões comprovadas, reforçando o poder jurídico da deserdação quando bem fundamentada.

    Breve análise do advogado…

    “A deserdação é um instrumento jurídico sério e poderoso, mas precisa ser usado com cautela e embasamento. O testamento deve ser redigido com técnica, clareza e provas. Um erro nesse processo pode anular o desejo legítimo do testador. Tenho acompanhado cada vez mais casos em que a proteção dos direitos do testador é fundamental para evitar injustiças na partilha. Nosso escritório está preparado para orientar com ética e segurança jurídica em casos assim.”

    Deserdar é possível — mas deve ser feito do jeito certo

    Você não precisa viver com a culpa ou com o medo de deixar um patrimônio precioso nas mãos de quem nunca respeitou sua trajetória.

    O melhor caminho é buscar orientação jurídica preventiva, redigir um testamento bem estruturado e garantir que sua vontade seja respeitada até o fim.

    Precisa de ajuda para organizar seu testamento ou entender se é possível deserdar um herdeiro?

    O escritório Cavalcanti & Associados é referência em Direito das Sucessões e Planejamento Patrimonial. Atuamos com ética, estratégia e sensibilidade em casos de alta complexidade.

    Fale conosco e agende uma consultoria personalizada.
    Sua vontade protegida. Seu legado respeitado!

  • Regimes de bens e planejamento pré-nupcial: como evitar um divórcio litigioso antes mesmo de casar?

    Regimes de bens e planejamento pré-nupcial: como evitar um divórcio litigioso antes mesmo de casar?

    Evite conflitos e proteja seu patrimônio com um bom planejamento pré-nupcial. Saiba como os regimes de bens influenciam no casamento e no divórcio e entenda por que esse cuidado é essencial.

    “Eu só queria casar, mas agora estou no meio de uma guerra…”

    Essa foi a frase dita por uma cliente do nosso escritório, chorando ao descrever o divórcio que envolvia três imóveis, uma empresa familiar e o desgaste emocional de um casamento que acabou mal.

    Se ela e o ex-marido tivessem feito um planejamento pré-nupcial, hoje não estariam brigando por cada centavo — e sim seguindo em frente com mais leveza, cada um com sua parte definida.

    Se você está prestes a casar ou conhece alguém que está, este artigo é pra você.

    Por que falar sobre separação antes do casamento?

    Porque ninguém casa pensando em se divorciar. Mas o problema é justamente esse.

    Muitos casais deixam tudo na base do amor, esquecendo que o casamento também é um ato jurídico com implicações patrimoniais. E quando o amor acaba, é a razão que precisa prevalecer.

    A melhor forma de garantir que um possível fim de relação não se transforme numa batalha judicial é conversar abertamente sobre patrimônio, expectativas e proteção dos bens. E isso começa com a escolha certa do regime de bens.

    Quais são os regimes de bens no Brasil?

    Comunhão parcial de bens

    É o mais comum. Tudo o que for adquirido após o casamento entra na partilha. Bens anteriores permanecem individuais. Mas cuidado: se houver valorização dos bens individuais durante o casamento, pode haver disputa.

    Comunhão universal de bens

    Aqui, todos os bens presentes e futuros de ambos os cônjuges são comuns, mesmo que tenham sido adquiridos antes do casamento. É um regime que exige MUITA confiança e pouca complexidade patrimonial.

    Separação total de bens

    Cada um cuida do seu patrimônio. Ideal para casais com grande diferença patrimonial, empresários ou pessoas que já passaram por divórcios litigiosos.

    Separação obrigatória de bens

    Aplicada em alguns casos, como casamentos com pessoas maiores de 70 anos. Mas há exceções e jurisprudência em debate sobre isso.

    O que é o pacto antenupcial e por que ele é tão importante?

    O pacto antenupcial é o instrumento legal que registra as regras patrimoniais do casamento, quando os noivos optam por regimes diferentes do padrão (comunhão parcial). Ele é lavrado em cartório e registrado após o casamento.

    Além de escolher o regime de bens, é possível incluir cláusulas sobre investimentos, empresas, heranças futuras, administração de bens, e até pensão em caso de separação. Ou seja: é um contrato de previsibilidade e proteção.

    Divórcios litigiosos nas classes média alta e alta aumentaram

    De acordo com dados de 2024 divulgados pelo IBDFAM, os divórcios litigiosos com partilhas acima de R$ 1 milhão cresceram 23%. Os principais motivos?

    • Falta de planejamento pré-nupcial
    • Patrimônio mal documentado
    • Mistura de bens pessoais e empresariais
    • Doações e heranças mal resolvidas

    Isso mostra que, especialmente nas classes com patrimônio significativo, não dá mais para ignorar a importância da assessoria jurídica antes do casamento.

    Uma breve análise do advogado…

    “O planejamento pré-nupcial ainda é visto com desconfiança por muitos casais, como se fosse um gesto de desamor. Mas a realidade é o oposto: conversar abertamente sobre patrimônio é um gesto de maturidade, respeito e visão de futuro.
    Nosso escritório atua em casos complexos de divórcio com grande volume patrimonial e posso afirmar com segurança: quem planejou bem, teve paz. Quem não planejou, enfrentou desgaste emocional e prejuízo financeiro.”

    “Mas não é romântico falar de bens antes do casamento…”

    A verdade? Não é romântico viver um divórcio litigioso, com disputa de imóveis, empresas e herança. Muito menos ver o patrimônio construído com tanto esforço ser diluído por falta de planejamento.

    Falar de bens antes de casar é um ato de proteção, e não de desconfiança. É como fazer um seguro: você não espera usar, mas se precisar, está lá.

    Está prestes a casar? Proteja-se agora.

    Se você vai casar e possui bens, empresa, imóveis ou expectativa de herança, o Cavalcanti & Associados Assessoria Jurídica pode te ajudar a:

    Escolher o regime de bens mais adequado ao seu perfil
    Redigir um pacto antenupcial seguro e alinhado à legislação atual
    Evitar futuras disputas judiciais
    Blindar seu patrimônio sem abrir mão do amor

    Entre em contato agora mesmo e agende sua consultoria pré-nupcial personalizada.

    Nosso atendimento é estratégico, humanizado e focado em proteger o seu futuro — antes mesmo do “sim”.

  • A impenhorabilidade do bem de família de alto padrão é absoluta?

    A impenhorabilidade do bem de família de alto padrão é absoluta?

    Imagine que você e sua família residem em uma casa espaçosa, localizada em um bairro nobre, avaliada em R$ 9 milhões. Essa residência, além de ser o lar onde vocês construíram memórias inestimáveis, representa anos de trabalho árduo e dedicação. Agora, suponha que surja uma dívida significativa e seus credores busquem meios para satisfazê-la. Você acredita que, por ser o seu lar, o imóvel estaria protegido pela impenhorabilidade do bem de família. Mas será que essa proteção é absoluta, especialmente quando se trata de um imóvel de alto padrão?

    Impenhorabilidade do bem de família: A proteção do bem de família

    A Lei nº 8.009/1990 estabelece que o imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar é impenhorável, servindo como um escudo contra dívidas civis, comerciais, fiscais, previdenciárias ou de outra natureza. O objetivo é garantir o direito fundamental à moradia, preservando a dignidade da família.

    Imóveis de alto padrão são uma exceção à regra?

    Tradicionalmente, a jurisprudência brasileira tem mantido a proteção do bem de família mesmo para imóveis de alto valor. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que o valor elevado do imóvel não afasta, por si só, a proteção legal de impenhorabilidade do bem de família.

    Recentemente, decisões judiciais têm trazido nuances a essa proteção, especialmente quando se trata de imóveis de alto valor. A 12ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) manteve a penhora de um imóvel de luxo, desde que parte do valor obtido com a venda seja destinada à aquisição de uma nova moradia digna para o devedor.

    Já em abril de 2025, o juiz Guilherme de Macedo Soares, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Santos (SP), determinou a penhora de um imóvel avaliado em R$ 9 milhões. O magistrado argumentou que a finalidade da lei é proteger o direito à moradia e à dignidade humana, e que, no caso em questão, o devedor possuía condições financeiras suficientes para adquirir outra residência adequada às suas necessidades.

    O que isso significa para você?

    Se você possui um imóvel de alto padrão e enfrenta questões financeiras ou jurídicas, é fundamental estar ciente de que a proteção conferida pela impenhorabilidade do bem de família pode não ser absoluta. A tendência atual indica uma análise mais aprofundada das circunstâncias específicas de cada caso, considerando fatores como o valor do imóvel e a capacidade financeira do devedor.

    Como proteger seu patrimônio?

    Diante desse cenário, é essencial adotar medidas preventivas:

    • Consultoria jurídica especializada: Buscar orientação especializada para entender as nuances da legislação e jurisprudência atuais.
    • Planejamento patrimonial: Estruturar seu patrimônio de forma estratégica, considerando alternativas legais que possam oferecer maior proteção aos seus bens.
    • Atualização constante: Manter-se informado sobre as mudanças na legislação e nas interpretações judiciais para antecipar possíveis riscos e oportunidades.

    A impenhorabilidade do bem de família é uma importante ferramenta de proteção ao direito à moradia. Contudo, sua aplicação, especialmente em casos de imóveis de alto padrão, tem sido objeto de debates e reavaliações no cenário jurídico atual. Portanto, é fundamental estar atento às evoluções jurisprudenciais e buscar assessoria jurídica qualificada para garantir a proteção efetiva do seu patrimônio.

    Proteja o que é seu. Conte com a Cavalcanti & Associados Assessoria Jurídica para orientá-lo nas melhores estratégias de preservação patrimonial. 

    Entre em contato conosco hoje mesmo e assegure a tranquilidade que você e sua família merecem.

  • Mudanças no Código Civil atingem bens e patrimônio digital (e podem mudar sua vida)

    Mudanças no Código Civil atingem bens e patrimônio digital (e podem mudar sua vida)

    Quero um minuto da sua atenção porque o assunto é sério e pode impactar diretamente o seu patrimônio, sua família e até sua privacidade online. Imagina a cena:

    Você trabalhou anos, construiu um bom patrimônio, investiu em imóveis, aplicações e por que não em ativos digitais: tem criptomoedas, um canal no YouTube com monetização, milhas acumuladas e redes sociais com audiência fiel. A vida mudou. A tecnologia mudou. Mas o Código Civil… bom, até agora não tinha mudado junto.

    Pois é, e o Código Civil está para mudar. E muito!

    O que está acontecendo com o Código Civil?

    Um projeto de lei (PL nº 4/2025) apresentado no início de 2025 propõe uma reforma completa no Código Civil. Um dos focos? Patrimônio digital e mudanças nas regras de sucessão e divisão de bens.

    Para quem construiu um império digital, tem família estruturada (ou desestruturada), ex-cônjuges, filhos de diferentes casamentos ou vive uma união estável… a coisa ficou ainda mais séria.

    Vamos por partes?

    1. Patrimônio digital entra na herança

    A nova proposta reconhece formalmente que bens digitais fazem parte do patrimônio da pessoa — e, portanto, devem entrar na herança.

    Ou seja:

    • Criptomoedas,
    • Redes sociais com valor econômico,
    • Milhas de viagens,
    • NFTs,
    • Rendas passivas de plataformas digitais,
    • E até contas em serviços de streaming ou armazenamento.

    Todos esses ativos poderão (e deverão) ser partilhados entre os herdeiros.

    Mas atenção: conversas privadas, mensagens e e-mails continuam protegidos. Só poderão ser acessados com autorização judicial ou testamento específico.

    2. Doações a amantes podem ser anuladas

    Sim, você leu certo.

    A nova proposta de reforma no Código Civil quer impedir que doações feitas a amantes prejudiquem os herdeiros legítimos. Como isso funciona?

    Se um dos cônjuges ou companheiros fizer doações de alto valor ao amante, os herdeiros podem pedir a anulação judicial dessas doações até dois anos após o fim do casamento ou da união estável.

    É o famoso: “não adianta tentar esconder o patrimônio desviando para outra pessoa.” A Justiça vai atrás.

    3. Cônjuges podem deixar de ser herdeiros

    Outra mudança bombástica: se houver descendentes (filhos, netos) ou ascendentes vivos (pais, avós), o cônjuge deixa de ser herdeiro necessário.

    Na prática, isso significa que aquele planejamento de deixar tudo para o companheiro ou companheira pode não acontecer como você pensava. O cônjuge só será herdeiro se não houver pais nem filhos vivos.

    Essa mudança tende a gerar ainda mais disputas em processos de inventário e divórcio, especialmente nas famílias com patrimônio alto.

    O que isso tudo muda na sua vida?

    Se você está em um relacionamento, tem patrimônio acumulado (digital ou físico), filhos de outro casamento ou quer deixar tudo bem resolvido:

    • Planejamento patrimonial e sucessório virou necessidade básica.
    • Testamento bem-feito agora precisa incluir cláusulas digitais.
    • Doações, inclusive entre parceiros, precisam ser bem estruturadas para evitar nulidades.
    • A escolha do regime de bens no casamento ou união estável pode mudar drasticamente os direitos do casal.

    E mais: se você atua como empresário ou tem participação em empresas, essas mudanças mexem também com cláusulas contratuais e societárias.

    Conte com quem entende

    No escritório Cavalcanti & Associados Assessoria Jurídica, nós estamos acompanhando de perto cada etapa da reforma do Código Civil. A gente sabe que o mundo mudou e o Direito precisa acompanhar.

    • Planejamento de herança digital
    • Proteção de patrimônio em casos de separação e sucessão
    • Revisão de doações e testamentos
    • Regularização de bens digitais e cláusulas de segurança

    Evite surpresas no futuro. Cuide do seu patrimônio agora.

    Fale com a gente e agende sua consultoria personalizada.